ATIVIDADE FISICA: Ninguém duvida que a atividade física e a movimentação são funções vitais e essenciais para homens e mulheres em qualquer idade. No caso do idoso, compete aos familiares, enfermagem, junto com outros profissionais e cuidadores responsáveis, desenvolver maneiras que facilitem o ir e vir com segurança e dentro das condições estabelecidas pelo médico.
Atividade física
Para o profissional, é importante saber que a atividade física pode ser conceituada sob três aspectos: sociológico, psicológico e funcional. O sociológico está relacionado ao tempo livre que a pessoa dispõe para ter as suas relações sociais. O psicológico diz respeito à importância da atividade física para a própria pessoa, por exemplo, caminhar. O funcional refere-se à capacidade da pessoa para o desenvolvimento da atividade física.
Movimentação e transferência
Muitas vezes, o idoso pode apresentar dificuldade para andar e necessitar de bengala, muletas, cadeira de rodas e de pessoas para transferi-lo de um lado para outro. O uso de bengala deve ser feito como apoio no lado oposto ao lesado, ou seja, se o idoso apresentar uma alteração na perna direita, deverá usar a bengala no lado esquerdo. Ainda, se for necessário ser ajudado pelo cuidador, este deverá apoiar o lado com problema, colocando uma das mãos embaixo do braço do idoso, ou da sua axila, amparando-o com a outra mão para dar a ele apoio e segurança.
No leito
O cuidador, ao movimentar o idoso na cama ou mudá-lo de posição, deve previamente calcular como realizará essa mudança, mantendo-se numa postura adequada, ou seja, com as costas retas, para evitar possíveis problemas de coluna. Para tanto, recomenda-se levar a perna esquerda adiante, dobrar ligeiramente o joelho e aplicar a força nos braços e nas pernas. Pode ser bastante útil, também, instalar um suporte ou apoio adaptado aos pés da cama ou no teto, para que o idoso possa se apoiar ao se movimentar. Vale lembrar: uma pessoa acamada por muito tempo pode apresentar também problemas ao tentar se sentar. Portanto, o idoso deve ser colocado na posição sentada vagarosamente, observando-se atentamente possíveis sintomas como tontura, palidez, suor e mal-estar. Caso ele apresente algumas dessas alterações, peça que abaixe a cabeça, respire profundamente e mantenha a calma. Jamais insista para que permaneça sentado, caso o desconforto persista.
Na cadeira
Ao levantar o idoso de uma cadeira, o cuidador deve intercalar suas pernas com as pernas do idoso, ficar semi-agachado quase na altura da cadeira, envolver o tronco do idoso com seus braços e levantar seu corpo juntamente com o do idoso.
Transferência
É a mudança de uma pessoa de um local ou de uma superfície por meio de um conjunto de movimentos seguros e eficientes. A transferência pode ser realizada com o idoso em pé, sentado, ou por mecanismo de elevação. Nesses momentos, alguns princípios precisam ser observados, tais como:
1 – Deixar o idoso utilizar sua força e capacidade tanto quanto possível, enfatizando sua independência.
2 – Para que o idoso possa se transferir independentemente, ele deve ser capaz de:
- locomover-se na cama;
- sentar-se;
- ficar em pé;
- seguir as direções.
3 – O idoso deve:
- mover-se em direção ao lado bom;
- mover-se em direção à beira da superfície em que estiver sentado (cama, cadeira, sanitário) antes de se transferir;
- inclinar-se para a frente.
4 – O cuidador deve:
- explicar e demonstrar o processo para o idoso;
- posicionar-se onde o idoso possa ser protegido de uma queda;
- colocar as mãos nos quadris do idoso ou uma mão no quadril e a outra na parte de cima do tórax;
- deixar que o idoso veja a direção em que ele está se locomovendo.
5 – A superfície para a qual o idoso se transferirá deve ser:
- fixa;
- firme, para dar um bom apoio;
- da mesma altura do assento da cadeira de rodas.
A cadeira de rodas deve:
- estar travada;
- ter os pedais elevados;
- ficar situada de forma que o lado bom do idoso permaneça mais próximo da superfície para a qual irá se transferir.